quinta-feira, 13 de agosto de 2015
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Clarice...
Saudades
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
Clarice Lispector
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
Clarice Lispector
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Bullying - conversas...

BULLYING – bem mais do que uma simples zoação entre pares.
A escola, antes identificada como um espaço de aprendizagem, desenvolvimento e solidariedade, atualmente têm encontrado muita dificuldade em cumprir esse papel. As inúmeras mudanças sociais e políticas que vem ocorrendo ao longo do tempo a invadiram e, com isso, a escola vem enfrentando problemas que exigem mecanismos e regras para a convivência harmônica e a implantação de programas de educação para a não violência.
Na literatura, há clássicos, como o Livro O meu pé de Laranja Lima, que referem a existência de agressões, ofensas, gozações, humilhações e o mal trato, que geravam discriminação, isolamento e exclusão. Este o um gancho para introduzirmos uma discussão tão urgente quanto necessária nos dias de hoje: como prevenir o BULLYING escolar?
Bullying não é doença, mas o médico não pode se omitir. Também não é um problema só da escola, pois requer medidas preventivas do poder público. Não ocorre somente por culpa da família, mas ela precisa participar. Não é de hoje que crianças e adolescentes apresentam identificação e seleção na relação com seus iguais, de forma que se enturmem nos mais diversos locais que freqüentam, como escolas, clubes e academias. Talvez por medo das conseqüências ou porque as obrigações e tarefas em sala de aula eram muito intensas, a prática de Bullying escolar, antes restringia-se a apelidos, amedrontamento, exploração e fofocas. Hoje, observamos a intimidação, a perseguição, o assedio (sexual e/ou moral), a dominação, a agressão e o roubo (por exploração).
A palavra inglesa que define o BULLY como valentão identifica aquele que intimida seus companheiros e o termo BULLYING se refere a todas as formas de agressão (física ou verbal) que ocorre repetidamente, sem motivação aparente, seja intencional ou não e exercida por um ou mais indivíduos, com a intenção de causar dor e angustia a outra pessoa ou grupo, considerado de menor capacidade. O objetivo desta prática, via de regra, é intimidar ou agredir sem dar a possibilidade de defesa numa relação desigual de forças e poder.
O bullying é um problema social que ocorre em todo o mundo e em diferentes contextos, sendo que os que envolvem ambientes escolares e de trabalho são mais ressaltados frente aos que ocorrem em família e vizinhança. Porém em todos estes ambientes pode-se observar a agressão que geralmente ocorre onde a supervisão de responsáveis e pessoas adultas não existe ou é reduzida.
A maioria das escolas, entretanto não admite a ocorrência de bullying entre seus alunos, ou mesmo não se apercebem de sua presença no cotidiano, determinando posturas para enfrentá-lo o que dificulta a instrumentalização de seu corpo docente e orientação e apoio aos discentes.
Nos dias de hoje é muito comum o uso de apelidos pejorativos que humilham e a zoação agressiva entre os jovens, que não é incomum se surpreenderem, quando chamados para explicar determinadas atitudes, passando a idéia errônea de que parecia que o colega deixava que lhe perseguisse. Também a família destes Bully(s), quando entrevistadas fazem vista-grossa para o comportamento relatado, sugerindo ser coisa de gente jovem, ou seja, uma expressão da cultura atual. Entretanto, diferente de uma brincadeira violenta, a atitude é hostil, violando o direito à integridade física e psicológica e a dignidade humana, e assim urge por esclarecimento e prevenção.
Existe uma categorização para o bullying: ii) Bullying direto – onde a agressão é explicita, sendo a forma mais comum entre meninos/homens; e ii) Bullying indireto – que produz o isolamento social da vítima, forma mais comum entre meninas/mulheres e crianças que acovardam-se perante as ameaças e violência física, sexual ou moral a que são expostos. Em qualquer das formas, o bullying é, talvez, o problema mais sério da atualidade no ambiente escolar, gerando evasão, vitimização e baixa auto-estima. Até agora tem sido muito difícil para a escola desenvolver mecanismos de controle e de identificação das atitudes de bullying uma vez que a infância é por si sói intensa, hiperativa e inusitada, porém aí está a necessidade de dar-lhe mais um olhar atento.
Brincadeiras com crueldade, prepotência, insensatez e atos desumanos podem ultrapassar o nível de tolerância, que para cada um é individual, levando a sofrimento desmedido. Se estas brincadeiras forem convertidas em posturas violentas e de intimidação, voltadas sempre para uma única pessoa, torna-se bullying e requerem um trabalho consciente para o seu manejo nas escolas, com a identificação de seus indicadores, que expressam as necessidades não atendidas e demandas pessoais, podendo favorecer o trato da questão.
O reconhecimento dos personagens envolvidos nos conflitos adjacentes, dinâmicas e conversas reflexivas sobre filmes biográficos, tratam do tema com responsabilidade, como ocorre no filme homônimo BULLYING, que oferece reflexões sobre o sofrimento de quem se torna estigmatizado por seus iguais, demonstra o despertar da resiliência numa turma considerada problematica, pela ação isolada, mas certeira, de um professor sensível aos problemas do meio.
Assim, para que a escola desempenhe seu papel de formar os alunos para tornarem-se indivíduos mais pacíficos ou pacificadores e éticos é de fundamental importância trabalhar o tema da violência escolar e de todas as condutas anti-sociais com todos os envolvidos direta ou indiretamente.
O abismo que nasce entre as pessoas decorre, quase sempre, de problemas na comunicação e se assim é, torna-se mais fácil encontrar soluções. Acreditamos que o conflito tem origem e fim no diálogo. Surge de sua escassez ou baixa qualidade e cessa por sua abundância ou alta qualidade.
A mediação (assim como as outras metodologias voltadas para a criação de contexto positivo para o estabelecimento de relações e convivência diferenciada qualitativamente, é a ponte que permite percorrer do espaço de inadequação ao caminho da reorientação, mudando a qualidade da comunicação. Surge para eliminar o abismo, e como uma ponte leva ao diálogo e entendimento.
Uma história de maltrato cursa sempre com medo, infelicidade, descrença desejo de morte. As crianças quando chegam a algum serviço médico é evidente o desinteresse pela saúde, as doenças oportunistas ou ferimentos inexplicáveis. O terror quase sempre é um dos sintomas.
O autor do livro Protect Your Vhild from bullying , o professor –PH.D Allan Beane desde que perdeu seu filho de 23 anos, vitima das conseqüências do bullying, após ter sofrimento no convívio social desde a infância, optando pelo suicídio, tornou-se especialista em prevenção e interrupção do bullying, e atualmente orienta crianças, pais e professores a prevenirem-se das agressões que acontecem com freqüência em grupos infantis. Este questiona como as crianças podem ser tão cruéis e norteando seu trabalho de prevenção afirma que:
“Queria saber se podia impedir o desenvolvimento da crueldade, e queria dete-la depois de já ter se desenvolvido”.
Algumas pesquisas referidas na American Academy of Pediatrics mostram que a participação dos pais é fundamental para evitar bullying.
Existem fatores de risco que aumentam a probabilidade de uma criança intimidar os outros, refere um estudo de Rashmi Shetgiri, da Universidade do Texas, nos EUA – somando dados coletados em 2003 e em 2007. Por exemplo, filhos de pais que reclamam muito deles ou ficam irritados freqüentemente e bullies, ou agressores, que possuem problemas emocionais, de desenvolvimento ou comportamental, são praticantes mais freqüentes de bullying.
A prevenção torna-se possível quando os pais conversam com seus filhos e conhecem seus colegas, supervisiona-os.
Importante se torna alertar os pais para aumentarem o envolvimento com os seus filhos, acompanhando as suas reações, principalmente perante a frustração, e a saúde mental destes.
O Instituto brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) em 2009 realizou um levantamento que determinou:
- “O bullying é pratica de estudantes de capitais brasileiras numa proporção de 38%”
- “As Escolas Públicas tem 29,5% da presença do bullying a partir do sexto ano do Ensino Fundamental”.
- “Em Brasília e Belo Horizonte existe o maior índice de bullying: 35,6 e 35,3% respectivamente”.Acessando o trabalho de Dan Hólmios (2005) no site www.modelprograms.samhsa.gov/pafs/model/olweus.bully.pdf observa-se um modelo de combate ao bullying, onde o autor demonstra o círculo do bullying: - o bully/agressor pode ser impulsivo ou planejador ( psicopata) e os seus companheiros são os seguidores, apoiantes e apoiantes passivos.
- A vitima é denominado bullied e os que o acompanham são os defensores da vitima, defensores potenciais, e “voyeurs”.
A conseqüência para todos é nefasta e Oweus (2005) comenta que para a vítima o temor da escola é recorrente, levando-o a criar freqüentes desculpas para faltá-la.
A legislação brasileira oferece apoio às vítimas, através da constituição da republica Federativa do Brasil, 1988, Estatuto da criança e do adolescente, 1990, Lei de Diretrizes e bases do Ensino Nacional, 1996, Código civil, 200-2, Código Penal, 2011, Código de defesa do consumidor, 2011, Lei estadual no. 6935 de 23/09/2010, entre outras.
Entretanto, mais que punir, somente com a conscientização de todos sobre a presença do conflito, entendimento de seus norteadores legais e éticos e a prática da mediação será possível a restauração do ambiente escolar.
Entender o papel preventivo da escola, da família e do poder público é o caminho mais sólido para uma educação voltada à Paz universal.
Por Célia Passos e Olga Passos Ribeiro.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Processos Circulares
Os Processos Circulares de Construção de Paz estão sendo utilizados em escolas, varas de infância e juventude, serviços sociais, comunidades e famílias para ajudar adultos e jovens a se conectarem, comunicarem e resolverem conflitos. O círculo de construção de paz é um processo de diálogo estruturado que permite plena expressão das emoções numa atmosfera de respeito. O processo estimula a escuta qualificada, que leva à maior compreensão entre os participantes.
Em Minnesota E.U.A., os círculos surgiram no sistema judicial como intervenção coerente com os princípios da justiça restaurativa. Nesse contexto, o círculo envolve todas as partes afetadas a fim de participarem da decisão de como corrigir a situação depois de um crime.
O processo identificava os danos e necessidades de todas as partes, determinando como tais necessidades serão atendidas.
Os profissionais logo perceberam que esses círculos podiam ser úteis também para prevenir problemas e conflitos, visto que aumentam o senso de interligação e humanidade partilhada. Ao utilizar o círculo como ferramenta para cria um senso comunitário em qualquer grupo, diminui-se a probabilidade de mal entendidos que podem escalar levando a conflitos ou danos.
Além disso, os círculos promovem restabelecimento e criam possibilidade de romper ciclos viciosos, em que vítimas se tornam perpetradores.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Divulgando curso:
UNI-IBMR/LAUREATE UNIVERSITY
GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE
(AGOSTO DE 2010)
( 3 ANOS E MEIO )
Cordenação: Carlos Alberto de Mattos Ferreira
VESTIBULAR DIA 27 DE JUNHO
INSCRIÇÕES ON LINE
http://www.ibmr.br/vestibular.htm
GRADUAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE
(AGOSTO DE 2010)
( 3 ANOS E MEIO )
Cordenação: Carlos Alberto de Mattos Ferreira
VESTIBULAR DIA 27 DE JUNHO
INSCRIÇÕES ON LINE
http://www.ibmr.br/vestibular.htm
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quinta-feira, 3 de junho de 2010
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